Enquanto muitas séries clássicas penam para fazer a transição para mecânicas de jogo tridimensionais ou simplesmente enfrentam dificuldades para resgatar o prestígio de tempos passados, o herói Super Mario permanece dono de uma franquia na qual sobra propriedade de estilo.
Protagonista de aventuras de sucesso tanto em 2D quanto em 3D e em uma imensa variedade de outros estilos, estrela agora "New Super Mario Bros. Wii". Alardeado pela Nintendo como uma revolução sem precedentes à série, o título não é toda a inovação que promete, mas ainda assim brilha pela extrema competência da Nintendo.
Protagonista de aventuras de sucesso tanto em 2D quanto em 3D e em uma imensa variedade de outros estilos, estrela agora "New Super Mario Bros. Wii". Alardeado pela Nintendo como uma revolução sem precedentes à série, o título não é toda a inovação que promete, mas ainda assim brilha pela extrema competência da Nintendo.
Quarteto da bagunça
O game segue o mesmo estilo de "New Super Mario Bros.", lançado para DS em 2006, apresentando mecânica tradicional de plataforma em 2D, mas com todos os gráficos tridimensionais - o chamado estilo 2.5D. Na prática, o que se vê é uma verdadeira homenagem a toda a série de episódios principais do personagem, principalmente "Super Mario Bros. 3".
O grande e único diferencial fica por conta do suporte a multiplayer para até quatro pessoas simultaneamente. Absolutamente todas as fases do game podem ser exploradas por Mario, Luigi e dois Toads (os cogumelos que cuidam da Princesa Peach). Fica a critério dos jogadores tornar a brincadeira um trabalho de cooperação ou uma baderna competitiva, mas geralmente fala mais alto a segunda opção.
Muito da confusão se deve à alta dificuldade de "NSMBW". Ainda que os cenários sejam amplos e lotados de itens e vidas extras, fato é que o design de fases remete constantemente a alguns dos níveis mais complicados de qualquer dos jogos anteriores. Assim, acaba sendo mais fácil sacanear os colegas e ficar jogando eles em poços de lava ou roubando power ups do que quebrar a cabeça em como superar aquele abismo ou caminho de espetos. Eventualmente, a sensação que se tem é quase a mesma de qualquer "Mario Kart" ou outro jogo esportivo do mascote da Nintendo: o mais bacana é justamente a bagunça armada com os amigos e não exatamente cumprir a proposta do game, seja vencer uma corrida, marcar gols ou chegar ao fim da fase.
Nesse aspecto "New Super Mario Bros. Wii" acaba se boicotando e limitando imensamente o potencial da fórmula ao excluir qualquer tipo de opções de partidas online. Restrito apenas ao multiplayer local, o game exige reunir todos os amigos no mesmo lugar para se desfrutar das aventuras principais ou modos específicos de competição, que remetem à versão de DS, com disputa de coletas de moedas.
Super Mario remix
Muito da confusão se deve à alta dificuldade de "NSMBW". Ainda que os cenários sejam amplos e lotados de itens e vidas extras, fato é que o design de fases remete constantemente a alguns dos níveis mais complicados de qualquer dos jogos anteriores. Assim, acaba sendo mais fácil sacanear os colegas e ficar jogando eles em poços de lava ou roubando power ups do que quebrar a cabeça em como superar aquele abismo ou caminho de espetos. Eventualmente, a sensação que se tem é quase a mesma de qualquer "Mario Kart" ou outro jogo esportivo do mascote da Nintendo: o mais bacana é justamente a bagunça armada com os amigos e não exatamente cumprir a proposta do game, seja vencer uma corrida, marcar gols ou chegar ao fim da fase.
Nesse aspecto "New Super Mario Bros. Wii" acaba se boicotando e limitando imensamente o potencial da fórmula ao excluir qualquer tipo de opções de partidas online. Restrito apenas ao multiplayer local, o game exige reunir todos os amigos no mesmo lugar para se desfrutar das aventuras principais ou modos específicos de competição, que remetem à versão de DS, com disputa de coletas de moedas.
Super Mario remix
Na aventura principal Predomina a estrutura de mapas similares a tabuleiros, pelos quais se pode caminhar, escolhendo caminhos diferentes e encontrando fases de bônus, como casas de cogumelos onde se obtem itens. Tais acessórios podem ser usados antes de cada fase para dar mais poderes.
Ainda de "Mario 3" temos o retorno dos Koopalings, antes filhos do vilão final Bowser e agora tratados apenas como súditos do monstro, e as fortalezas e navios voadores como níveis onde se deve enfrentar chefões. De "Super Mario World" temos coisas como o retorno das casas assombradas e do dinossauro Yoshi - sendo que até quatro podem ser usados simultaneamente, algo inédito até então. Por fim, do primeiro "Super Mario Bros." aparece de forma mais destacada o poste com bandeira ao final de cada fase.
Mas não para por aí: fãs dedicados vão identificar referências a muitos outros episódios, como "Super Mario 64", "Super Mario Sunshine" e até "Super Mario World 2: Yoshi's Island".
Ainda assim, a Nintendo não dorme no ponto e traz uma boa quantidade de elementos inéditos que, ainda que não tão memoráveis como as roupas de sapo e guaxinim de "Mario 3" ou o chapéu voador de "Mario 64", trazem novas e interessantes mecânicas. Por exemplo, a flor de gelo permite congelar inimigos e transformá-los em blocos que podem ser usados como armas ou plataformas. Já a fantasia de pinguim dá a capacidade de deslizar no gelo a alta velocidade, o que abre outras tantas possibilidades.
Ainda de "Mario 3" temos o retorno dos Koopalings, antes filhos do vilão final Bowser e agora tratados apenas como súditos do monstro, e as fortalezas e navios voadores como níveis onde se deve enfrentar chefões. De "Super Mario World" temos coisas como o retorno das casas assombradas e do dinossauro Yoshi - sendo que até quatro podem ser usados simultaneamente, algo inédito até então. Por fim, do primeiro "Super Mario Bros." aparece de forma mais destacada o poste com bandeira ao final de cada fase.
Mas não para por aí: fãs dedicados vão identificar referências a muitos outros episódios, como "Super Mario 64", "Super Mario Sunshine" e até "Super Mario World 2: Yoshi's Island".
Ainda assim, a Nintendo não dorme no ponto e traz uma boa quantidade de elementos inéditos que, ainda que não tão memoráveis como as roupas de sapo e guaxinim de "Mario 3" ou o chapéu voador de "Mario 64", trazem novas e interessantes mecânicas. Por exemplo, a flor de gelo permite congelar inimigos e transformá-los em blocos que podem ser usados como armas ou plataformas. Já a fantasia de pinguim dá a capacidade de deslizar no gelo a alta velocidade, o que abre outras tantas possibilidades.
A parte visual joga seguro e apenas repete o mesmo estilo gráfico utilizado no Nintendo DS. O que acaba chamando mais atenção é o fato de a câmera estar mais distante do que de costume, justamente para abrigar todos os personagens em tela quando quatro participam da jogatina. Igualmente, a trilha sonora se limita a repetir músicas conhecidas de incursões anteriores, seja em versão original ou novos arranjos pouco destacados. Nada que comprometa: as composições já são de tamanha originalidade e inspiração que é de se entender a Nintendo não mudar elas.
Uma novidade muito interessante de "NSMBW" que certamente aparecerá em futuras produções da Nintendo é o sistema Super Guide. Ao jogar sozinho e perder 8 vidas em um mesmo ponto da fase, o jogador tem a opção de convocar Luigi para mostrar o melhor caminho a se fazer e, literalmente, passar a fase pela pessoa. Veteranos da franquia Mario dificilmente sequer verão isso em prática - a não ser por curiosidade - mas é mais um inteligente esforço da produtora no sentido de trazer jogadores menos experientes para os títulos da casa.
"New Super Mario Bros. Wii" cativa e impressiona por reunir e combinar de forma inteligente e criativa elemento dos mais variados da franquia. O estreante elemento multiplayer garante sessões engraçadas e descontraídas, mas a falta de conexão online e a alta dificuldade das fases tornam isso mais uma opção interessante do que elemento crucial da mecânica de jogo.
Uma novidade muito interessante de "NSMBW" que certamente aparecerá em futuras produções da Nintendo é o sistema Super Guide. Ao jogar sozinho e perder 8 vidas em um mesmo ponto da fase, o jogador tem a opção de convocar Luigi para mostrar o melhor caminho a se fazer e, literalmente, passar a fase pela pessoa. Veteranos da franquia Mario dificilmente sequer verão isso em prática - a não ser por curiosidade - mas é mais um inteligente esforço da produtora no sentido de trazer jogadores menos experientes para os títulos da casa.
"New Super Mario Bros. Wii" cativa e impressiona por reunir e combinar de forma inteligente e criativa elemento dos mais variados da franquia. O estreante elemento multiplayer garante sessões engraçadas e descontraídas, mas a falta de conexão online e a alta dificuldade das fases tornam isso mais uma opção interessante do que elemento crucial da mecânica de jogo.
Fonte: Uol Games.
By Malkovit.
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